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O consumidor brasileiro. (o cliente)

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O consumidor brasileiro (0 cliente)

Não muito antigamente a palavra “cliente”, tinha um significado especial para o comércio e para todo estabelecimento que vende alguma coisa para alguém, ou a alguma instituição. O cliente, aquele que tem sempre razão, em quem não se duvida, e deve-se respeito.
Hoje essa palavra perdeu totalmente seu significado, ou mudou completamente a referência.

Hoje o “cliente” não inspira nenhum tipo de respeito ou consideração.
Na telefonia o cliente não consegue mais falar com ninguém da operadora, a qual ele sustenta com sua assinatura e mensalidade. Se o cliente não paga na data certa, no mês seguinte, vem a cobrança na sua conta, mas se a operadora falha com ele, são inúmeros telefonemas, horas de espera nos menus intermináveis, e a cada vez que a ligação cai, ou ele tem que retornar, os mesmos problemas de menus até chegar a um novo atendente, que não sabe nada do que você já falou antes, e que não está autorizado a resolver seu problema, apenas te explicar como funciona, o cliente tem que explicar tudo de novo. No final do mês, você não resolveu seu problema, ou por milagre, acabou sendo resolvido, mas os dias que ficou sem o serviço, foram pro beleléu! Não vem desconto nenhum na conta.
O setor que te cobra a conta, não tem ligação com o setor onde você reclama, nem com nenhum outro setor. Se você cancela a conta, ela continua indefinidamente a ser cobrada de você, e seu nome, provavelmente, vai para o SPC ou Serasa, até que você prove sua inocência.

Na Aviação quando o cliente comprava uma passagem, essa era válida por um ano, descontando apenas o efeito da inflação, que não era pequena. Mas você utilizava sua passagem por inteiro. Agora que a inflação está controlada se passa o seguinte: Você compra uma passagem, e se não usar ela para o dia e trecho que comprou, você perde ela completamente, mesmo valendo por um ano como antes, mas as manobras são tantas, que você perde por mudar, e teoricamente ela foi comprada numa promoção que não existe mais, portanto ela não vale nada. A mudança de dia te causa uma multa do tamanho ou maior que o valor que você pagou pela primeira. Ou seja, você está devendo a eles.
Eu tenho muitas passagens nessa situação, recentemente tive dois trechos que não foram usados na data marcada, quando precisei usar um, achei que os dois poderiam valer por um. Quando verifiquei, eu tinha que pagar muito mais que uma nova passagem, para utilizar os créditos (em teoria) que não foram usados.
Eles cancelam um vôo sem aviso, e você que se ajeite com isso, no máximo você recebe um boleto que vale um lanche no Bob’s, intransferível e com valor de 20,00 quando a espera for superior a 3 horas. Seus compromisso para viajar aquela hora, não importam…
Sem falar que, você não tem mais espaço dentro da aeronave. Os assentos foram reorganizados de forma a caber a maior quantidade de cadeiras possível, e assim você não pode mais fazer nenhuma posição de impacto, em caso de emergência, porque não cabe entre os bancos. Você não pode mais abrir seu computador, porque não cabe, você não pode mais levar um violão, porque eles acham que você tem que embarcar e pagar seu excesso. E agora os grupos, principalmente de música e teatro, não estão conseguindo levar seu material, sem que seja embarcado como carga desacompanhada, no setor de cargas a preços abusivos.
Eles não levam em consideração que somos uma fatia muito grande de suas receitas, e que estamos com o nosso trabalho, levando cultura ao Brasil.
Por ultimo, as cadeiras da frente das aeronaves, que conservam o espaço antigo, são chamadas de cadeiras especiais, e para viajar nelas você paga uma tarifa diferenciada, é mole???
Prestadoras de serviços básicos, minha governanta, em Salvador não foi encontrada em seu telefone de casa, durante dois dias. Quando ela foi em minha casa, eu perguntei o que tinha acontecido, que não conseguia falar com ela ao telefone? O que ela me respondeu… A conta veio com 70 reais a mais, e eu não pude pagar, daí eles cortaram, e eu tive que ir lá pedir pra dividir, para eu conseguir pagar…
Essa é uma postura típica do consumidor brasileiro. Ele não vai atrás de seus direito, ele tem vergonha de reclamar, ele tem medo de ser visto como aquele que reclama seus direitos, acha isso feio!

Sem esse aval do consumidor insatisfeito, nunca iremos conseguir ter um serviço de qualidade, que realmente atenda seu clientes de forma digna!

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